Vamos falar de: Glúten

Alô alô, hoje vamos falar de Glúten!


O glúten é um complexo de proteínas que está presente em muitos cereais, especialmente no trigo, cevada e centeio. A percentagem de glúten no trigo é de mais de 80% da massa total do grão. Em latim, o nome glúten significa "cola" e é por isso que às vezes o glúten é chamado, em algumas línguas, de "colante".
O alto teor de glúten na farinha é o fator chave que permite a facilidade da sua mistura com água. Na sua essência, o glúten junta a massa, quanto menos glúten tiver o cereal, mais difícil será obter uma massa homogénea a partir da farinha desse cereal.


Os ingredientes compostos por glúten são, na maioria, o pão e quaisquer produtos de panificação, bolos, diferentes tipos de macarrão e massas, cereais e granola.
Uma vez que o glúten é bom para dar viscosidade a substâncias líquidas, ele é também utilizado no fabrico de ketchup e molhos, gelados, iogurte e outros produtos do género. Nestes casos ele surge com o nome de "amido modificado" ou "proteína hidrolisada".

A intolerância ao glúten, ou doença celíaca, ocorre em cerca de 1% da população. A imunidade dessas pessoas capta o glúten como uma substância estranha, fazendo com que o organismo "lute" contra ela com todos os meios possíveis.
Uma vez que o glúten é consumido juntamente com os alimentos, o estômago dos portadores da doença celíaca sofre particularmente, é lesada a função intestinal, diminui o nível de assimilação de açúcares, gorduras, vitaminas e minerais. O indivíduo sente desconforto e cansaço constante.



A maioria dos sintomas diretos de intolerância ao glúten tem a ver com o mau funcionamento do sistema digestivo, inchaço, diarreia de gravidade variada. Nos casos crónicos as fezes saem "sem cor", espumosas e com um forte odor desagradável.
Os sintomas secundários incluem diminuição da imunidade, deterioração geral do metabolismo e diminuição da operabilidade física. Dada a manifestação por vezes fraca e disfarçada dos sintomas, o diagnóstico desta patologia é muitas vezes difícil de ser feito e os portadores não se apercebem da sua doença.

A maneira mais fácil e mais acessível para detetar a intolerância ao glúten é eliminando-o da dieta por alguns dias e fazer, em seguida, uma avaliação cuidadosa da sua saúde. O retorno da dieta com produtos de trigo será revelador.
A microflora intestinal necessita de pelo menos 10-14 dias para recuperação parcial. Se o retorno à dieta normal, com glúten, provocar sintomas desagradáveis e problemas digestivos, o mais provável é que você não tenha tolerância ao glúten.

Alimentos sem glúten são todos os tipos de carne e peixe, ovos, batatas, arroz, milho, ervilhas e outras leguminosas, nozes, frutas e legumes. Os produtos lácteos e queijos são permitidos nos casos em que o indivíduo não tenha nenhum tipo de intolerância à lactose.
É importante entender que a dieta livre de glúten é a completa rejeição de quaisquer produto feito de trigo, cevada e centeio, pão e massas em primeiro lugar. Aveia é permitida apenas nos casos em que venha limpa e não venha misturada com outros cereais.

Estudos científicos mostram que a doença celíaca é uma patologia genética. Se os seus parentes mais próximos sofrem desse mal, existe grande probabilidade de você ser também a ter a doença.
Se seguir uma dieta isenta de glúten por vários anos, isso irá minimizar os efeitos da intoxicação, restabelecendo a sua saúde a níveis de normalidade aceitável, mas nos dias de hoje ainda não existe cura total para esta doença.

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