Preservativo: Factos

Alô alô, hoje vou-vos contar alguns factos sobre o preservativo

Imagem Ilustrativa

A história do preservativo, deste acessório aparentemente simples e quotidiano, tem pelo menos mil anos e, ao longo de todo este milénio a atitude da sociedade em relação a ele oscilou radicalmente entre o amor e o ódio, chegando mesmo à proibição total da sua comercialização.

A primeira referencia que se conhece sobre os preservativos é encontrada no trabalho sobre sífilis do médico publicado em 1564. Para se proteger da doença, o autor do trabalho recomenda a utilização de um invólucro de linho previamente embebido numa solução química e posteriormente secado.
Foram feitas referências à verificação da qualidade deste interessante acessório para se certificar de que o preservativo não rompia durante o ato sexual, soprando antes de o usar.

Um protótipo de preservativo de borracha foi produzido em 1855 e no final da década de 1850 algumas das maiores empresas de produção de artigos de borracha da Grã-Bretanha e Estados Unidos tinham já estabelecido a produção em série de preservativos deste material.
Inicialmente cobriam apenas a ponta do pénis e o médico tinha que o medir para recomendar o tamanho certo. No entanto, os fabricantes rapidamente se aperceberam de que poderia aumentar as vendas fabricando preservativos de tamanho único com venda em farmácias.



Após o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1920, devido às baixas taxas de natalidade, a França, Itália, Espanha e outros países proibiram a venda de todos os contraceptivos, incluindo do preservativo. Curiosamente, no período dessa proibição surgiu um mercado negro de preservativos.
Os preservativos podiam ser vendidos apenas sob um controle restrito do governo, como forma de prevenir doenças. Apesar desta lei, os exércitos dos países acima mencionados fizeram grande armazenamentos deste artigo para impedir a propagação da sífilis.

Em 1935, cientistas dos Estados Unidos testaram mais de 2.000 preservativos e descobriram que 60% deles deixavam passar o sémen. A própria Indústria informou que não mais do que 25% das unidades eram verificadas quanto à sua qualidade antes de serem embalados e que a obrigação de tal verificação cabia ao comprador.
Em 1937 a opinião pública forçou a Food and Drug Administration a equiparar os preservativos a um artigo semelhante ao medicamento, tornando assim o controle de qualidade obrigatório. Durante algum tempo os produtos não testados continuaram a ser vendidos em outros países.

O primeiro artigo sobre a SIDA foi publicado no New York Times no dia 3 de julho de 1981. Um ano mais tarde os cientistas sugeriram que a doença pudesse ser transmitida através do contacto sexual.
No entanto Ronald Reagan optou não só por canalizar as atenções para o uso de preservativos como meio de proteção durante o sexo, como também para a promoção da abstinência sexual, sendo a sua posição também apoiada pela Igreja Católica.



Existia nos EUA uma lei, adotada durante a luta pelos costumes morais da nação e que estivera parcialmente em vigor até 1979, que proibia toda a publicidade a preservativos. A primeira publicidade televisiva feita a preservativos foi para o ar na televisão nacional apenas no dia 17 de novembro de 1991.
Inicialmente, os anúncios tinham como objetivo intimidar, os fabricantes centravam a mensagem no risco de engravidar ou contrair terríveis doenças. No entanto, em pouco tempo se aperceberam que esta tática causava rejeição por parte do consumidor e a publicidade começou a ser feita com alguma dose de humor.

Atualmente são feitos vários estudos científicos com o objetivo de criar uma nova geração de preservativos, uma espécie de "preservativo invisível" que seria colocado no pénis em forma de gel ou spray e que solidificaria logo após a aplicação.
Já foi desenvolveram este tal preservativo e encontra-se atualmente em fase de testes de viabilidade e eficácia. Ao que tudo indica, dentro de dez anos estes preservativos serão um acessório comum do dia a dia.



Comentários

Mensagens populares